A jovem mostra uma carta à cortesã de luxo. Ao lado, uma serviçal-mirim ajeita os cabelos. É na hora do cavalo que era permitido às prostitutas se arrumar com tranquilidade para a clientela vespertina, que começaria a circular por voltas das 14h.
Na cozinha, todos estariam atarefados lavando arroz ou triturando peixes para o preparo de bolinhos. Alguém quebraria uma tigela, o que provocaria alvoroço. O gerente do bordel receberia um colega, interessado em saber os desdobramentos da festa de haicai ocorrida no estabelecimento na noite anterior. O pai de uma prostituta doente apareceria para se atualizar sobre a saúde da filha, e o gerente insistiria para que almoçasse antes de iniciar o longo trajeto de volta à cidade. Monges mendicantes parariam diante do bordel para entoar sutras. Apesar de incomodado pelo barulho, o gerente pediria à criada que lhes oferecesse uma moeda ou um prato de comida.
Título: A hora do cavalo / 午ノ刻, uma no koku
Série: 12 Horas nos Bordéis / 青楼十二時続, Seiro junitoki tsuzuki (c. 1794)
Kitagawa Utamaro 喜多川歌麿 (c. 1753-1806)
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