9 PELA MÃE, ENTERRARIA O PRÓPRIO FILHO
a árvore prefere a inércia, mas o vento insiste em soprar
a pessoa quer ser boa aos pais, porém estes estão mortos
Na dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) viveu a família de Guo Ju: o próprio, a esposa do próprio, o filho de 3 anos e a mãe idosa. As condições não eram fáceis, vendiam o almoço para garantir a janta. Apesar dos pesares, a velha senhora, que tanto gostava do neto, racionava a própria comida para complementar a da criança, o que a deixava, além de faminta, subnutrida. Não tardou, portanto, para sua saúde se deteriorar e cair doente.
Sem dispor dos recursos necessários, Guo Ju conversou com a esposa e decidiram sacrificar a vida do filho. Haveria a possibilidade de gerar um novo rebento, porém mães são únicas. De coração enlutado, o casal conduziu o menino para o terreno baldio localizado nos fundos da residência. Guo Ju começou a cavar a cova, contudo, alguns palmos abaixo, a enxada tilintou em uma superfície metálica. Um cofre! Abriu a tampa e, pasmo, deparou-se com um tesouro em barras de ouro e moedas de prata.
A dádiva permitiu com que arcasse com os custos médicos e o tratamento da mãe, além de garantir refeições dignas e, claro, a vida da criança.
era tamanha a devoção à mãe
que enterraria o filho para que vivesse
ouro reluzente conferido pelos céus
uma brilhante fortuna que ilumina o casebre
Imagem: Kakukyo 郭巨
Série: Nijushiko doji kagami 二十四孝童子鑑 (1840)
Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)
Imagem: Kakukyo 郭巨
Série: Morokoshi nijushiko 唐土廾四孝 (1853)
Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)
Imagem: Kakukyo 郭巨
Série: Morokoshi nijushiko 唐土廾四孝 (1848)
Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)
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