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Os 24 modelos de devoção filial

Atualizado: 27 de jul.

10 BORBULHAS DA DEVOÇÃO


a árvore prefere a inércia, mas o vento insiste em soprar

a pessoa quer ser boa aos pais, porém estes estão mortos


Jiang Shi era um filho como poucos e viveu na dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) chinesa. Sua esposa, joia rara, nutria pela sogra zelo similar.

A anciã tinha lá suas peculiaridades. Desgostava da água do poço, preferindo a dos rios, refrescada pela correnteza e de sabor realçado. Também apreciava peixes recém pescados. Toda gourmet, ela.

O único empecilho era que o rio mais próximo ficava a uns bons dez quilômetros. Assim, tão logo o sol rompia, marido e mulher percorriam a longa distância, balde na mão e vara de pesca às costas. Ninguém jamais reclamou da faina, pelo contrário: sentiam-se realizados por proporcionar felicidade à mãe. Ademais, convidavam todas as senhoras da vizinhança para acompanhá-la nas refeições, de modo a alegrar o ambiente.

E assim os anos se passaram. Até que, certo dia, uma fonte esguichou nos fundos da residência, e o sabor da sua água era idêntico à dos rios. Como se não bastasse, todas as manhãs um par de carpas saltava das profundezas da fonte.

O casal nunca mais necessitou percorrer extensos trajetos para servir à mãe.

 

o filho, quanta devoção

a nora, dedicação tamanha

carpas irrompiam à aurora

da fonte que jorrou no quintal

Imagem: Kyoshi 姜詩

Série: Nijushiko doji kagami 二十四孝童子鑑 (1840)

Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)

 

Imagem: Kyoshi 姜詩

Série: Morokoshi nijushiko 唐土廾四孝 (1853)

Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)

 

Imagem: Kyoshi 姜詩

Série: Morokoshi nijushiko 唐土廾四孝 (1848)

Artista: Utagawa Kuniyoshi 歌川国芳 (1798-1861)

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