top of page
c33editora

Por que viver só, parte 7

Atualizado: há 5 dias

A rotina matinal se transforma quando se vive só. A aurora se torna seu despertador, sem ninguém para apressá-lo ou impor os itens do café da manhã. Você, e apenas você, dita o ritmo do dia que se desvela.

Percebe como a criatividade flui em artistas, escritores e músicos solitários? Muitos conceberam suas obras-primas na solitude. Não é coincidência. A mente se expande quando desobstruída de opiniões, expectativas e julgamentos alheios.

Viajar sozinho, por exemplo, abre portas outrora inimagináveis. Você conhece pessoas fascinantes e vivencia experiências sem se preocupar se o outro está entretido. O itinerário é determinado única e exclusivamente pela sua vontade.

Uma promoção no trabalho? Mergulhe de cabeça. Foi realocado para Singapura? Por que não? Pretende iniciar um podcast à meia-noite? Ninguém o impede. Não há necessidade de consenso. Os pensamentos que o assolam às três da madrugada se transformam em oportunidades de autoconhecimento em vez de deixá-lo ansioso. Está insone? Faça da sala uma pista de dança. Deseja mudar o layout da cozinha? À vontade.

O bem-estar físico decorre naturalmente. A rotina de exercícios se adapta ao seu ritmo, sem a obrigatoriedade de esperar pelo outro ou ajustar-se aos seus limites. Será você a desafiar-se e quebrar os próprios recordes.

Já experimentou meditar em completo silêncio? As manhãs podem se tornar oportunidades para tal. Sem o ruído de fundo da televisão imposta pelo outro, sem conversas matinais atabalhoadas. Apenas paz, pura e simples.

A tecnologia se torna uma aliada, não motivo de discórdia. Sem exaustivos debates sobre o tempo dedicado ao celular ou a obrigação de justificar hábitos em redes sociais. Cabe a você determinar o tempo diante da tela.

A casa reflete sua energia. Isso é importante. Ao atravessar o beiral de entrada, você adentra um espaço que irradia sua essência. Cada canto reverbera sua história — a verdadeira, não uma versão adaptada. Os rituais se tornam sagrados. Talvez queira queimar sálvia aos domingos. Quem sabe aprecie uma taça de vinho ao pôr do sol. Tais momentos pertencerão a você, imaculados do ceticismo alheio.

Considere a qualidade do sono. Ninguém roncará ao seu lado, não haverá disputas pelo cobertor ou negociações sobre a temperatura do ar-condicionado, apenas descanso ininterrupto. Escolhas alimentares: pretende iniciar uma nova dieta vegana? Vá em frente. A cozinha será um laboratório de experimentações livre de julgamentos.

Já percebeu quanto dinheiro é gasto com regalos sem sentido? Chega de presentear por obrigação, chega de fingir gostar daquilo que nunca usaria por vontade própria. Seus recursos se destinarão àquilo que de fato importa. Reflita sobre os finais de semana: eles podem ser alçados à condição de emocionantes aventuras. Que tal estudar fotografia aos sábados ou viajar sem roteiro estabelecido aos domingos? Não há obrigatoriedade de convencer ninguém. Seu círculo de amizades evolui, você se conecta com aqueles que refletem sua energia, sem o dever de alcançar as expectativas dos amigos e familiares do outro.

13 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page